terça-feira, 5 de junho de 2012

Stars are Stars with Young Prisms


Determinados relatos dispensam prefácios...

Young Prisms - In Between - por Cicero J.


Tenho absoluta certeza que todos meus amigos e vocês estimados leitores,sem exceções, enquanto adolescentes já se apaixonaram por determinadas bandas ou discos e viviam se imaginando como autores e interpretes das mesmas e de quebra ainda colocavam como membros de sua banda imaginária seus melhores amigos,amigos esses que dependendo da musica tocada eram substituídos sem eles saberem que estavam fazendo parte desse devaneio juvenil que nós (me refiro a eu e meus amigos que já passamos há tempos dos 30 anos) ainda praticamos em casa ao som de sublimes canções.

Quem nunca no auge dos seus sonhos juvenis nunca abraçou a vassoura que suas queridas mães ou avós procuravam atordoadas pela casa inteira? E nós indiferentes a tudo estávamos em nossas devidas salas ou quartos nos apresentando para nossas platéias imaginárias? Claro,vassoura para elas,para nós eram: Fenders,Gibsons, e dependendo da canção tocada como algo surreal, a mesma vassoura se transformava em um baixão Rickembecker e dá-lhe adrenalina!!!!

Todas essas analogias são para ilustrar minha opinião sobre um álbum dos vários que já estão na minha top 10 de 2012..sim,sim toda vez que o ouço sinto essas reminiscências da minha adolescência tamanho é o  vigor que esse álbum transmite, estou me referindo  ao soberbo In Between, novíssimo petardo dos americanos do Young Prisms, no decorrer das 11 faixas do álbum, vocês, suas vassouras e seus amigos de “banda” tem motivo de sobra para dançar pra caralho!!!!!

 Estão duvidando? Lá vai alguns exemplos: Ouçam Runner (aconselho que seja retirado do centro da sala tudo que possa interferir em performances exaltadas e ouvir com o som no talo). Coincidência ou não (meus amigos sabem o porquê) a abertura do álbum cabe a Floating in Blue (titulo mais sugestivo impossível) Gone é fodástica!!!!! Melodia e riffs maravilhosos para que a letra não se torne tão dolorosa, no entanto, é impossível passar incólume com o que canta Ashley Thomas .Dead Flowers é mais uma das inúmeras canções que com certeza já tem seu lugar garantido quando se trata de praticar a fina arte que são para poucos da air guitars até suarem as paredes de qualquer dance floor no melhor estilo shoegazer.

Isso são alguns exemplos do qual esse álbum nos presenteiam e no quesito estética dá gosto de ver a bolacha branca e entender porque o mercado fonográfico...bem... pelo menos o mercado alternativo estão ressuscitando essa divindade chamada vinil e a foto da capa é total Crocodiles (isso mesmo!!!! Os homens coelhos).

E para chegar a toda essa minha ladainha literal, meu irmão Renato me dá a já citada bolacha branca em mãos e solta um comentário tipicamente dele: ‘’Brother, sua cara escrever sobre eles, heim? Ahahahahahaha,’’ daí dei uma olhada no vinil e pensei: Puta que pariu!!!!! Como expressar em palavras um álbum ótimo, sem tornar-se piegas? Bem meus caros aqui está então meus pitacos sobre In Between...espero que curtam e principalmente,ouçam.

Curiosos? Então empunhem suas vassouras roubadas de suas queridas mães, avós, esposas, companheiras ou coisas que os valham e montem suas bandas fictícias com seus amigos, fechem os olhos, esqueçam um pouco dos problemas cotidianos e voltem a serem adolescentes com essa maravilha musical que atende pela alcunha de In Between

Dedico esse texto a minha querida amiga Adri Cinotti que sofreu uma grande perca recentemente e espero que a audição desse disco possa trazer um pouco de alegria a ela nesse momento tão doloroso..Dri , empunhe sua vassoura também e lembre-se com carinho de sua ‘’nona’’e caso você comece a chorar, lembre-se que tens ombros amigos de sobra !!!!!